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sexta-feira, julho 27, 2007

A minha vida é um barco abandonado

A minha vida é um barco abandonado
Infiel, no ermo porto, ao seu destino.
Por que não ergue ferro e segue o atino
De navegar, casado com o seu fado ?
Ah! falta quem o lance ao mar, e alado
Torne seu vulto em velas; peregrino
Frescor de afastamento, no divino
Amplexo da manhã, puro e salgado.
Morto corpo da ação sem vontade
Que o viva, vulto estéril de viver,
Boiando à tona inútil da saudade.
Os limos esverdeiam tua quilha,
O vento embala-te sem te mover,
E é para além do mar a ansiada Ilha.

segunda-feira, julho 16, 2007

Tragédia! Acidente grave abala Itapevi.




Obra desaba e deixa habitantes apreensivos: será que houve mortos?

Nessa manhã, antes do horário de almoço, a obra que estava preste a ser inaugurada, e seria uma loja, veio abaixo.
No local várias viaturas e carros de resgate. O policiamento cuidava do cordão de isolamento para impedir o acesso dos curiosos e transeuntes que se recusavam voltar para prosseguir seus destino. No momento caia uma garoa, aliás, desde à noite chovia.
O curioso é que todos comentam este fato como se a chuva fosse a causa do acidente.
Mas desde quando a estrutura de aço da mesma foi erguida e os blocos foram preenchendo os enormes vãos formando uma extensa parede, todos que passavam na rua diziam: “Este prédio vai cair!” Muitos atravessam a rua ao se aproximar da obra, evitando assim o azar de estar por perto quando o previsto acontecesse. E aconteceu!
“Por onde anda a fiscalização?” Diziam.

Fala-se em vítimas que sofreram ferimentos leves; será? Os funcionários que permanecem no local nada dizem sobre seus companheiros, e os bombeiros também nada informam. Porém ouve-se o boato de que houve três mortos. Mas autoridades garantem: São só boataos.
Estranho é que no local há uma enorme cobertua, bem arrumada, sobre os escombros. Uns dizem que é para preservar o local até a chegada do pessoal da perícia...
Mas duas horas depois as máquinas ainda não estavam trabalhando na retirada dos entulhos, e no momento do desabamento, segundo os funcionários de lojas vizinhas, havia trabalhadores no alto, do prédio.

Não há como um acidente de tal proporção não causar danos gravíssimo. Além do mais nosso município já sofre discriminação de todos os âmbitos político-social.
Ouvi pessoas, engravatados, dizendo coisas desagradáveis como: “Aqui em Itapevi não é lugar de se viver!” E os outros concordando acrescentaram que só louco investiria num lugar como este. _ Fiquei indignado.

sexta-feira, julho 13, 2007

Agora...

Noite, silêncio, e cifras.
Não sei de onde vem a música
Se da poesia invisível
Se dos olhos que meus olhos não vêem...

Gosto disso.
O latir do meu cão
Perdidos como eu, estão
Poetas e poetisas
E a própria escuridão.

Em quatro minutos soa o silêncio do novo dia...
Talvez eu te veja...
Meus olhos
Minha cegueira.

E no bocejo do dia
O abrir dos olhos
A paisagem sonhada
A luz no horizonte
Nos campos da fantasia...
Noite, silêncio, e cifras...
Música...
Uivos e poesia;

Meu olhar e seu olhar...
Brisa ceifeira.

Anjos abrem asas
Espalham perfumes
Forma-se ondas de luz nos ares do pensar;
E dos olhos cegos arregalados
Donde pasmo amor evapora a cantar
Contos cifrados de notas quiméricas se quedam
N flauta mágica do silêncio
E o deus das trevas é o mesmo deus d sonhar.

segunda-feira, julho 09, 2007

Falta de atitude

Impotência?

Também me ressuscitam as emoções,
Os desejos,
Os mesmos da juventude:
Carência, carícias
Em ardentes devaneios
Da libido tímida,
Adormecida precocemente,
Inexperiente.

Tu, senhora, vivida,
experiente
Desde a adolescência sabida,
Certamente sorri;
Ri
Da minha imaturidade
Apesar dos meus 40...

Ai! Essa dor...
Essa ardência espacmástica!...

Teu olhar minucioso...
O senso judicioso;
Febre terçã!

Recesso versos excesso.

Essa abstinência é demência.

A loucura mascarada de fidelidade em retrato de família.
Uma castidade que induz ao pecado e que condena ao fogo deste inferno que é estar vivo,
Assim!
Este não sou eu!
Eu sou quem neste instante desmaia no meio das tuas coxas
Gemendo, gemendo gemendo amor! Amor!! Amor amor amor! Áaaaaaaaa! Môrrrrrrrrrr!Áormor...Amôôramor!!!!!!!!!!!!!!!Te ãm

Já que me ressuscitando para esta vida de desejos
Vês em mim homem e qualidade
Ensina-me novamente a viver
Como jovem garoto de meia idade;

Estou tão...
Nem sei como dizer
Que tu és a mulher por quem em toda minha vida
Tive maior desejo.

Perdoe-me por minha falta de iniciativa; por favor!

sábado, julho 07, 2007

Um belo poema

É um campo verde e vasto
(Fernando Pessoa)

É um campo verde e vasto,
Sozinho sem saber,
De vagos gados pasto,
Sem águas a correr.
Só campo, só sossego,
Só solidão calada.
Olho-o, e nada nego
E não afirmo nada.
Aqui em mim me exalço
No meu fiel torpor.
O bem é pouco e falso,
O mal é erro e dor.
Agir é não ter casa,
Pensar é nada Ter.
Aqui nem luzes (?) ou asa
Nem razão para a haver.
E um vago sono desce
Só por não ter razão,
E o mundo alheio esquece
À vista e ao coração.
Torpor que alastra e excede
O campo e o gado e os ver.
A alma nada pede
E o corpo nada quer.
Feliz sabor de nada,
Inconsciência do mundo,
Aqui sem porto ou estrada,
Nem horizonte no fundo.

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Simples assim

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