Meus livros

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quarta-feira, fevereiro 28, 2007

O abraço

Hoje, de manhã, nos abraçamos.

Foi um abraço diferente
Indiretamente mais próximo;
Mais íntimo, mais abrangente,
De certa forma mais caloroso, mais quente.

Ela estava de costas,
Eu estava de frente.
Ela se sentiu minha;
Eu, dela, como sempre.

Trocamos carícias, carícias, carícias...
Num único beijo ardente.

Mas ela não sentiu pulsar meu sexo
Não sentiu tremer meu corpo
Não sentiu meu coração,

E meu corpo deveras não esteve presente;
Nos abraçamos a sós, individualmente,
Nos abraçamos de distante
Com os braços da mente.

domingo, fevereiro 25, 2007

Ato-atômico


Gotas de luz;
Do alto infinito vem
Ascendente silêncio luminoso
Rasgando patética escuridão
Múltipla centelha de igual esplendor;

Pousam sobre teus seios _exílio opressor.
Que os comprime, dilatam e espremem
Ao som dissonante de oculto tambor;

E escorrem, lentas, liquefeitas seivas homogêneas
Pelo ventre de imaculado ardor
Donde expele magma ígnea recendente
Entre as alvas coxas inquietas de dor,
Vulcânicas chamas trementes se encontram
Nas pernas entreabertas em acídulo fervor.

E aos pés esmorecem nas unhas escarlates.

Que saudades do céu!
E revoam unificados;

Tua face meiga...
A boca entreaberta...
Lábios cintilantes...
Pousam.
Teus olhos pousam;
Meus olhos nos teus descansam;
O olhar definido indefinido.

E o tempo cruel me chama; e eu vou;
E esqueço os olhos.


Blog/pesquisa:
http://poetray.blogspot.com/
Poemas:
http://ray.ray.zip.net

sexta-feira, fevereiro 23, 2007

Memorial

MEMORIAL DA AMÉRICA LATINA



O Memorial da América Latina está localizado no bairro da Barra Funda, Av. Mario de Andrade - 664, inaugurado no dia 18 de março de 1989. Com área construída de 25.210 m2 e terreno de 84.480 m2.
Sua construção deu-se com o objetivo de estar integrando os povos latino-americanos.
Projetado por Oscar Niemaia com pavilhões diferenciados nas suas atividades como:
Biblioteca Latino-Americana a qual mantém um rico acervo sobre a América Latina, videoteca, fonoteca e hemeroteca, com obras de arte: homenagem a Clay Gama de Carvalho (painel em cerâmica) de Mário Gruber / América Latina (painel em vidro) de Marianne Peretti.
Lojinha do Memorial com artigos de diversas regiões e algumas peças indígenas, CD’s, publicações. Pavilhão da Criatividade Popular com exposições de arte popular latino-americana, em especial artigos do México, Peru, Guatemala e Equador.
Praça Cívica-Praça do Sol / Praça da Sombra o espaço aberto e destinado à encontros de multidões e manifestações culturais.
Salão de Atos Tiradentes reservado para recepções oficiais do Governo do Estado de São Paulo, em especial as ligadas a assuntos do nosso Continente, com obras dos artístas plástico Poty e Caribé desenvolvidas em baixo relevo homenageando nossos antepassados, com um belo espelho d’água de Bruno Giorgi.
Parlamento Latino-Americano reúne a representação política e parlamentar de 23 países do subcontinente. Suas comissões ocupam-se de questões de desenvolvimento e integração da América Latina.
Galeria de Arte espaço de exposições de artes visuais, em especial para amostras de artístas latino-americano.
Centro Brasileiro de Estudos da América Latina núcleo cultural do Memorial e seu instrumento de divulgação, comunicação e intercâmbio com instituições congêneses do Brasil.
Auditório Simón Bolívar reservado à receber espetáculos artísticos, congressos e seminários. Com capacidade para 1600 pessoas e que também funciona como centro de convenções, em conjunto com o anexo dos congressistas.

"É" do otário

A estética da poética
Do diário
Do otário

_domingo

_ Pensar sentindo _
Dor e prazer
Chorar sorrindo.


Viver
Solidão e querer.



Essa tripla ação
Em mim se desenrola:
_ pensamento-sentimento-poesia _,

Tendo o amor protagonista dessa história
Partilho ao mundo
Da minha dor e alegria.

Enquanto o mundo nos devora
Outro mundo nos cospe, nos escarra, nos purifica
Nos defesa, nos degenera
“Nos mata, nos corre, nos morre”;
... E nos espera.

[O erro não está na gramática;
Nunca esteve na fonética
_palavras são palavras;
O erro nasceu no pensar pensado
E alojou-se na construção do verbo
No núcleo da síntese da aritmética sintética
Bem longe da concepção primeira da estética.

O pensamento pertence ao céu que o pensa
Azar dos aboizes que o espera.

O romantismo que no meu peito brota
Como água pura na fenda da pedra
Escorre no leito dessa gruta sombria

_Ou se fosse turvas águas
Ou lavas do eu vulcão
Não seriam puras
Sujas como borbulhantes são?_

Margeando o corpo que o gera.
A céu aberto corre feito rio
Às vezes água murmurante
Às vezes mansa poesia;

_O pássaro é meu
Também o céu;
Também a magma,
Ígnea,
A paisagem idéia
O espaço e o pincel.]

Hoje queda de cachoeira
Sol e brisa num espaço vazio.

Sol, sopro místico para meu coração ardente e romântico;
Amor, música e ritmo para o cântico dos cânticos.




* segunda


Ela está em cada palavra que se agita
E que se interpõe na frase que me conquista
Por melhor expressar meu pensamento
E com trabalho, muita dedicação e zelo
Eu as imprimo em versos
Para dar voz, cor e forma, ao sentimento.

Ela sabe disso, tanto quanto eu também o sei,
Escrevo como escrevera Anchieta à virgem,
Nas areias brancas,
Muitos porém não entendem o que sinto e escrevo,
Não concebem a forma que pensei.

Ah! Essas flores de infância
Que ainda hoje cultivo
[E recuso deixar no passado]
São sempre-vivas
Florescendo do meu lado.

Nesse caminho invisível,
No qual nos mantém o tempo calado,
Mal sabemos do tempo
Se presente é presente
Ou futuro finalizado,
Precisamos de flores
Sol
E sonhos alados.




** _ terça



Abraçar-te agora seria...
Estar a caminho do fim:
Incêndio ao mundo;
E dentro de mim.

Beijar-te seria
Sol no ocaso
Fim do dia.

Deixar-te no entanto,
Para o meu desencanto,
É penetrar na noite vazia.

Possuir-te agora seria dar um orgasmo intenso à minha poesia
Mas sabemos, prazeres passam,
E com eles a fantasia;
Amar-te, contudo, é isso:
Um prazer novo, infindável,
Que se renova, renova renova,
Num início sem início,
Um gesto
Um ato
Abstrato
Que antecede a eternidade
E se renova em sua vontade de se fazer de novo prazer
E sempre amanhece
Sem nunca anoitecer.



*** _


Leio às escondidas
Poemas que eu mesmo fiz
Distante de papel e caneta
Para deixá-los imaculados, livres,
Soes ou vis,
Tal como fui
Tal como sou
Tal como os concebi
Feios ou atraentes
Triste ou feliz.





**** quinta



Aquele eu que pensa no corpo de mulher
Homem libidinoso
Aquele que vê sua alma no reflexo d’água
E vê na sua alma a fonte.

A cede anda comigo.
Tarde nos encontramos.
Cheguei tarde, bem sei...
Tarde para mim que ainda estático procuro felicidade.
E o movimento se movimenta
Eu, entretanto, observo extasiado;
Indiferente, no entanto, pra você
Que já a possui desde a primeira idade.

Cheguei tarde, bem sei...
E bem quis duvidar do que você diz,
Mas, acredite, pensando com calma
Chego sentir alívio na alma
E sou feliz por saber que você é feliz.

Pelo menos sua felicidade é uma certeza,
E não uma fantasia, uma falsa realidade,
Pois muitos invejam da minha vida a beleza
Sem a mínima idéia da triste verdade.

Cheguei tarde, bem sei;
Tarde nos encontramos.
Tarde... Você sabe que eu te amo
Tarde para o amor e seu desengano;


Mas, por favor, ignore,
Mesmo que na sua presença eu chore
Encare como sendo por outro desengano;
Há muitos desenganos soltos, por aí, nesse plano.

Deixe-me apenas contemplá-la em silêncio
De detalhe em detalhe
Lento
Mas corpo completo
E com o tempo
Lento
Você aí no seu mundo
Sem necessidade de complemento:
Eu no meu mundo de busca
E você no pensamento.

Contudo sempre juntos
Amigavelmente como estamos
Sabendo que sonho sozinho
Você me esperando pelo caminho
E nesse exato momento nos encontramos.

Tarde demais
Bem sei.


***** sexta-feira


Bem sei, é sonho.
Abraçar-te agora seria “botar em cheque” sua felicidade,
Seria um risco.


Tolice;
Beijar-te agora seria renascer
Outro desejo menino
Para o gozo do mesmo vício,
Para o mesmo fim;
Seria
Maior irresponsabilidade do destino.





****** sábado



Repercuta o passo do homem,
Nessa vida fútil e indecisa
Se monótona ou excitante,
Como sons de gotas da fonte;

Pra que sentido, pra que rima?

Os membros perderam a sintonia nas profundezas da auto-estima.

Há tanto o que construir e tão pouca matéria prima!

Não procuro, nas palavras, a beleza da forma no sentido; procuro apenas um pensamento amigo.

O pensamento e seus reflexos em turbilhões
Na corrida por uma nova poética
Esmoreço meu corpo e o deixo aos ventos
Pra onde soprarem a transparência da clareza dos sentidos.

Talvez um opaco diário
Como um cântaro de barro queimado
Guarde a essência de toda ciência
Do universo da mente de um otário.

Mas se ecoa e reflete é porque já não é tão simples
E o simples não é necessariamente pobre ou complexo
Talvez dessa opacidade brote e escorra
Alguma alegria, ou mesmo dor, algum valor,
Alguma paisagem,
E da qual terei saudade.



******** domingo

Ser-nos-á preciso baixar a fronte, os olhos, cobrir o rosto, nos ignorarmos, para não demonstrar nossos sentimentos, os quais enaltecem o espírito e valoriza o homem?


Humanos, é o que somos; e o amor _nossa maior virtude _ é preciosidade cada vez mais rara.
Nos ignorarmos!...

*



Entendi.
Hoje entendi, ela é rica;
E eu...
Melhor nos ignorarmos!

...

Nos ignoramos.



*


Eu, esquisito e pobre:
Tenho o meu salário,
Minha flauta de bambu
Minha adolescência, e o cafezal em flor.

Hoje tudo que tenho é passado:
Aquele tempo que não vivi,
Por ambicionar o hoje tão longínquo e agora interminável,
O presente sem sentido que não cabe aqui, nem no futuro nem no passado,
E o futuro é bonito o bastante para não ser desejado.

Tenho esperanças porque tenho ainda o pessimismo
E quem tem alguma coisa, tem alguma coisa
Pois não ter nada ou nada ter, é ter falta; e ter falta é ter algo.


*


Meu otimismo foi se convertendo se convertendo
E pouco e pouco se consumindo
Tornou-se solilóquio.
E tem em si um amigo que o consome
A gritos sonantes de colóquios impróprios.

Mas ele o alimenta para ter o que ter amanhã
Pois tendo em si próprio convertido de si o pessimismo
Tem sempre a si para algum colóquio.


Minha flauta emudeceu e o que resta da juventude é a insônia e a impaciência nessa insatisfação de viver.

Para encontrar um grande amor e não possui-lo, melhor seria passar pela vida como homem;
Comum.
Animais mamíferos que só mamam
E mamam e transam
E transam apenas bicho
Que transam;
Mas transam,
Bicho.

Mas é por mim que tocam, hoje, os bandolins
Abrem-se flores de entre os pedregulhos
Ao som das trombetas do juízo do juízo final.


*

Eis aqui os erros
Do início ao fim
Na nova visão
Da poética fatal.

Arquivo:
http://poetray.blogspot.com

Trechos: Nova poética
http://ray.ray.zip.net

quinta-feira, fevereiro 22, 2007

Causa e efeito

Causa e efeito


A porta aberta. Entrei, tímido e pasmo.
Qual era a matéria?... Química, física?... Geografia!
Facho de luz, bálsamo espasmódico do fim do orgasmo,
Que a noite dera ao dia.
Entrei. Mas antes, houve toda aquela história: o transe diante da porta,
_que pressentimento! _ sensação de vida, de morte...de sorte...
E a nítida impressão de já tê-la visto um dia. De onde?... Não importa.
Talvez do meu próprio pensamento.
Ainda antes, lá fora? Ah!_ a outra história?_ É pré-história, é passado,
Quero tirar da memória, deixar de lado.
Só sei que atravessei a rua, nas mãos abertas um livro também aberto _ Lendas e poesia _ qual a página da vida do mundo em que eu vivia.
Nunca atravessei no farol vermelho,
Sempre respeitei os sinais de alerta
Mas sempre me detive ás portas
Por esperá-las, sempre, totalmente abertas.
E onde se pode chegar assim?
A vida passa
Lenta, lenta...
Monótona doente e sem graça,
E quando se percebe
Não tem jeito


Não há remédio

Só tédio
Nada dá jeito,
Nem droga nem cachaça
_ Se no calabouço do leito
Só há fantasmas algozes que nos arrasta e nos tortura,
Nada consegue arrancar do peito
As algemas negras da amargura.
Ainda antes? Não; já Basta.
Enquanto lembro o tempo passa
E logo chegará dezembro.
Sabe , o que mais me angustia? É saber que em breve, logo após a formatura e toda euforia,
Nos apartaremos...
Quem sabe até quando
E se um dia novamente nos veremos?
Então, eu subi as escadas
Lendo, lento, indiferente,
Indiferente à matéria,
A lendas ou poesia;
Nem aí, mesmo para comigo
Ou a luz do dia.
Mas ao vê-la...
Ah!.. _o sol lambia-lhe o rosto. Vi que o sol a outro sol se unia
E a auréola que a envolve o corpo
Cedendo-se ia à aura do dia, e
Combinavam bilhões de cores
Na mais fantástica orgia.
Foi assim, o primeiro instante em que a vi.




Até hoje não sei se foi uma visão ou um sonho, se morri por alguns
Segundos, ou se morto estou e voltei à vida naquele instante. Só sei que minha vida nunca mais foi e será como antes.
Tenho a sensação de que ela é a morte que veio me resgatar para a vida. Eu tenho medo, mas a desejo e sinto uma enorme necessidade de estar com ela.
Ela é Sol, e minha vida tem sido uma longa escuridão.





Diálogo


O diálogo
Conversa íntima, mas discreta.

Lágrimas maternas marcaram, certa vez, a luta pela vida;
Mãe e filho contra a doença e a solidão.
Mãe e filho juntos para salvar uma união.

Mãe e filho, juntos lutavam, talvez sem se dar conta,
Contra a ignorância, a intolerância e o descaso;
E principalmente contra a idéia de absolutismo no poder do machismo.
Isso contribuiu, indubitavelmente, para a formação de um homem melhor
E para uma sociedade sadia e mais justa.

É assim; as mulheres de boa conduta, e que abraçam o instinto materno, mudam o rumo de nossas vidas para um destino mais feliz, naturalmente.

O instinto materno...
Vale refletir; não apenas notável pelo exercício na aplicação de cuidados às criancinhas, é distinto e admirável pelo zelo, e pela alta dosagem de amor em tudo que ela faz.
É, esse dom natural, um dom Divino embora muitas o despreze e optem para o ridículo de nada serem.
Eu fico imaginando a desolação daquela mulher abandonada.
Que triste desamparo!
Eu fico imaginando o seu sofrimento, na dúvida de ser ou não ser amada.
Eu fico imaginando a necessidade de um carinho
A falta de um ombro amigo na longa vigília na fria madrugada.
Deve ser duro assistir à medicação dolorosa ao filhinho, ali; em tal debilidade.
A mãe em murmúrios de dor, porém firme, orando com fé inabalável!
A mãe presente sofre incomparavelmente mais.

E a mulher ali, entregue, desamparada, já não é mais mulher é apenas mãe, fiel à extensão de sua alma.
E ao chegar em casa para um breve repouso, tem os afazeres, as exigências do marido, o sexo forçado, as suspeitas, os ciúmes, as ameaças...

Lágrimas marcaram, certa vez, a juventude desta mulher; ela sozinha, na sua fé, venceu as armadilhas da morte.
Hoje seu filho é viril, galante e forte. Mas também é amável, e não é para menos, foi criado com amor; o verdadeiro amor.
Ela mantém a união à família, a fidelidade, o amor; e não guarda no coração arrependimentos nem rancor pelo homem amado, que a deixou naquele tempo entregue à própria sorte; simplesmente porque ela o ama, agora muito mais que antes, pois ele soube reconhecer a mulher tem e tornou-se num homem melhor, o homem que ela moldou, marido e pai.
Eles são uma família feliz!
Bom que eu, naquela época, não a tenha conhecido. _ eles são felizes!
Isso é o que importa.
Mas eu a amo!


Dicas de games: http://rds-hotgames.blogspot.com

Nova Poética: http://ray.ray.zip.net


P/ pesquisa:

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quarta-feira, fevereiro 21, 2007

Vício

O cigarro do maço me espia traiçoeiro.
Eu estou nervoso.
Eles _ cochicham, buchicho_,
Que bochinche!
Eu piro!
Faço frases com letras do seu nome
Eles lêem minha aflição.
O isqueiro reflete em meus olhos;
Chama
Fecho a gaveta
Não consigo pensar
Quero cama
Só tem sofá
Na tv só sexo, sexo?
Nos livros, poesia
romance
filosofia
Melancolia.
Um filho tem pesadelo
Ai! Há vinte anos,
A ex-esposa dorme
Há vinte anos, ai!
Ela ronca.
Melhor ignorar...
Clausura!...
Lá fora tem aventura
É madrugada
A morte é fria
Lá de fora nos espia
Tesão passa
Banho
Gelo
Água fria
Reza fobia!...
A mente vazia
curto-circuito
black-out
Na estante há vinho...
Que tentação!
Há dois anos resisto
Há dois anos não existo!
Virgem Maria, Cristo!
Eu preciso urgente de um vício;
Ativo S. Bach
_ bela sinfonia!_
Suspiro
Penso em Sol
Nasce poesia.
Silêncio... Ela, eu, e a sintonia.


Veja:
http://solpoesia.blogspot.com

Vício




O cigarro do maço me espia traiçoeiro.
Eu estou nervoso.
Eles _ cochicham, buchicho_,
Que bochinche!
Eu piro!
Faço frases com letras do seu nome
Eles lêem minha aflição.
O isqueiro reflete em meus olhos;
Chama
Fecho a gaveta
Não consigo pensar
Quero cama
Só tem sofá
Na tv só sexo, sexo?
Nos livros, poesia
romance
filosofia
Melancolia.
Um filho tem pesadelo
Ai! Há vinte anos,
A ex-esposa dorme
Há vinte anos, ai!
Ela ronca.
Melhor ignorar...
Clausura!...
Lá fora tem aventura
É madrugada
A morte é fria
Lá de fora nos espia
Tesão passa
Banho
Gelo
Água fria
Reza fobia!...
A mente vazia
curto-circuito
black-out
Na estante há vinho...
Que tentação!
Há dois anos resisto
Há dois anos não existo!
Virgem Maria, Cristo!
Eu preciso urgente de um vício;
Ativo S. Bach
_ bela sinfonia!_
Suspiro
Penso em Sol
Nasce poesia.
Silêncio... Ela, eu, e a sintonia.


Veja:
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domingo, fevereiro 18, 2007

Penumbra


Fim do dia
Cheguei cansado
Deitei-me no passado
Já um pouco distante
Fugindo à realidade
A mente voa
A procurar descanso.
Minha lembrança última
Num vôo rasante
Pousou-me entre estrelas alvas
Na jabuticabeira em flor
Onde papa-meis ceiam
Pássaros gorjeiam
E operárias cantam
Em constante labor
Tendo o corpo dourado a néctar
Luzente como suor
E o doce perfume que exala
Cuja essência sedenta alma inala
E adormece amor.

sábado, fevereiro 17, 2007

Ela

A imagem que eu amo

Veja como é linda!
Sol; seu nome é Sol.

Meus olhos pasmam, choram de tanto fascínio.
Pra mim, ela é pura beleza e mistério, como um sol nascente.

Repare nos olhos; que brilho!
Há uma luz que vem vindo, vindo, é como um imã atraindo algo
Do íntimo da minha alma para um encontro fatal;
Nesse infinito luminoso de complexa obscuridade...

E nesse cenário matizado por essa ansiedade deleitosa e de melancólica resignação
É onde o destino há de se cumprir.

Mas veja, há também uma alegria tão eloqüente,
Capaz de contagiar a paisagem com esplendores de felicidade,
Que todas as fases de dor se apagariam pelos espasmos de gozos.

Veja como ela é linda!
É minha angústia e meu bálsamo;
Mas também minha esperança de felicidade
É o sentido do meu amanhã
É a razão que me leva a todas as razões;

Acima de tudo ela é humana.

Puxa; Ela é mesmo muito linda! Divina.
Áah!!!...
Google
 

Simples assim

Simples assim