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quinta-feira, maio 31, 2007

Miss Universe 2007: Miss Japan Riyo Mori (in spanish)

A beleza brasileira em 2º lugar



Miss Universe 2007 (Top 5)



A beleza brasileira em destaque





Miss Universe 2007 Bikini Photoshot with Fadil Berisha



Miss Universe 2007 Swimsuit Photos


quarta-feira, maio 30, 2007

Enquanto ao sol nos aquecíamos

A flor, o riso, e o bom dia!...
E o beijo não beijado nos afligia...
O arrepio...
Frisson...

E o olhar golpeava um coração, gritava: “covarde! Não vês que eu te quero?”.
E um olhar golpeando o outro olhar... “Insensato! Não percebes que te amo?
Desprezas o amor por conta de conceitos.”

Falso moralismo! Desprezamos a vida.

Talvez em acordes, melhor expressaria os sentimentos;
Se meus olhos emudecem tácitos
Ao proferir palavras mudas,
E abraça em si, egoisticamente, o tudo de nós...
E cegam-se,
Ao ver explícito a imagem que se forma
Num tempo inexistente
Do amor nascido morto
Do perene corpo ressuscitado em vida
No universo que se forma dentro da gente.

Nossos olhos, se nos devoram-nos...
Bem sabemos o que somos:
_ Feras famintas _
Sentindo o gozo de sermos o que somos
No instante, devorados,
No silêncio escuro do receio ou ignorância...

Nos entregamos ao pensamento
Nessa estranha congruência
Do real e irreal da alma
Aflitos e constrangidos como velhas crianças.

Reféns aprisionados nas grades dessa fantasia
Formando para um espaço sem tempo
Conteúdo impalpável a perderem-se na lembrança
Como folhas soltas ao vento
Que se desfazem errantes
Porém,
No nada torturante da memória
Na ânsia de tornarem-se protagonistas de uma história,
Tornarem-se alusões ou sementes,
Para gerar sentido ou razão de ser vida
De ser algo em sentimento
E sermos verdadeiramente gente, pousamos...
Pousamos refutados

Pousamos sempre em lugar nenhum
Pousamos no espaço infértil
Pousamos em espaço aberto
Pousamos na liberdade de não ser
De não existir
E ser eterno por não pecar o pecado de viver.
Nossos olhos, se nos devoram-nos, bem sabemos o que somos:
Barulho e silêncio.

Talvez em acordes...
Talvez.

segunda-feira, maio 28, 2007

Sem pretensão

Longe de mim a idéia de separar o que é inseparável:
A amada ao amante, quando há amor, mesmo distante;
O maestro a música, quando há harmonia;
O artesão a arte, se há poesia.

Longe de mim, separar o inseparável,
Longe de mim tal crime, tamanha ousadia.
O que une a essência à outra essência é indispensável à vida.
Mesmo que tal essência pareça disforme e cause estranheza
Como flores frágeis em espinheiro
No fim nota-se de cada num todo o valor
Independente de ser estranho aos olhos
De toda natureza forma-se o universo
E todo o corpo-universo forma-se natureza.

Assim o amor: um instante de conflito para uma eternidade de incomparável harmonia e beleza. Melhor deixar, o tempo é jardineiro.

domingo, maio 27, 2007

Hoje

Cesta, flores, sol, e domingo


Em meu peito abrem-se de novo antigas chagas
Quando as noites se fazem mais frias
E as manhãs nebulosas expiram
O bafo aromático dos feitos noturnos

Faces carregadas de cansaço e alívio
De noites mal-dormidas
Por amor ou dor, solidão...

Todos tomam café da manhã
Até ao meio dia
Até onde rasgará esta ferida?

Tudo se enleia num rasgo sem nexo
Para a unificação de uma única cicatriz...

Nossas dores suportadas em silêncio
São cicatrizes de feridas aparentes
Ferida que nunca se fecha fecha-nos;

Dividimos o indivisível
Para tudo tornar invisível
Toma-se cafeína
Cada qual toma seu café
Amargo?
Cospe-se por ai as amarguras.

Prazer nem para o sexo
Faz-se por fazer
Por vício ou obrigação
Consciente da inconsciência
Do contágio da putrefação.

Ai! Ais que se curam...
Curvo-me diante da insensatez
Como seria a vida feita só de razão
Razão por razão é aritmética;
Sou mais os insetos minúsculos
Que tecem e produzem
Que fazem mel e veneno
E da voz aos olhos
E tornam a insanidade dos sábios
Na loucura da sabedoria de suave expressão.

Bebamos café!
Hoje se alia à minha solidão que se estende da noite
Fantasmas projetando-se já dantes manifestos
No futuro de hoje e de dias distantes
Como se não bastasse a palavra em si
E essa representatividade enigmática e imprevisível
O vento que sob o sol se agita
O dia _ prenúncio de destruição_ veículo para eterna noite,
Há manchetes assustadoras em todos os jornais e revistas
E evitamos a luz para não sangrar as vistas
Reuniões de emergência para camuflar negligências
Nenhum projeto em pauta
Para se estabelecer paz, nenhum plano...

Seguimos estrelas para a escuridão.

Quantas flores, neste domingo, celebrariam a perfeita união dos amantes
Unen-se, entanto, em coroa e perfume
Para adorno de jazigos de corpos precocemente abatidos
Por nossas mãos_ membros dessa gangue sociedade errante e insensível?

Cada dia é uma página por nós ilustrada
Com imagens de chacinas e miséria, e corrupção.

E a justiça é cega, e cega, e nada se vê.
E os direitos humanos faz-se em prol dos desumanos.
E a religião_ paiol da fé_ constrói templos luxuosos e edifícios
Para a propagação de sacrifícios
Com o suor dos ingênuos fiéis
E o pão?
Qual pão alimentar-nos-á
Se comíamos esperança e esperança já não temos
Se nos alimentávamos de domingo
E o domingo fez-se insípido, triste...
A fé já não é mais fé, é fetiche,

E do verbo vida não se conjuga nenhum tempo
Nada mais é o que existe
Tudo é feito ou efeito.

Abro os olhos e vejo cegueira
De morte
De corpo sem alma
E almas em delírio

Num transe vago um lampejo
E um beijo de morte
Logo o tédio na brisa do repentino desejo

E os olhares dos olhos se repelem
Aflitos a olhares alheios
Não pousam; perdem-se;
No fundo escuro de taças borras
De flores de cachimbo
De domingo de barro
De pó de nozes
De nós
De manhã.

Quanto a mim nada faço
Não tenho mãos para arregaço
Nem título nem índice
Nenhum verso para a história
Nenhum choque n’alguma memória
Nem poesia;
Só suspiro, sou cúmplice,
_parte íntegra dessa hipocrisia... CIDADANIA.

sexta-feira, maio 25, 2007

Soneto de separação


Soneto de separação (Vinicius de Moraes)

De repente do riso fez-se o pranto
Silencioso e branco como a bruma
E das bocas unidas fez-se a espuma
E das mãos espalmadas fez-se o espanto.

De repente da calma fez-se o vento
Que dos olhos desfez a última chama
E da paixão fez-se o pressentimento
E do momento imóvel fez-se o drama.

De repente, não mais que de repente
Fez-se triste o que fez amante
E de sozinho o que se fez contente.

Fez-se do amigo próximo o distante
Fez-se da vida uma aventura errante
De repente, não mais que de repente.

Veja também:
Antítese- http://poetray.blogspot.com/

http://novapoesia.zip.net
Requinte e qualidade- os melhores vídeos
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Nova poética
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terça-feira, maio 01, 2007

A tristeza de ontem

Ela bate em minha porta
Ela bate com insistência
Ela sempre vem
Bata bate, e se posta;
Ela testa minha paciência
Eu finjo não ter ninguém.

Ela já esteve mais feia
Com uma cara esquelética e carrancuda
Tentou se afogar em prantos
Quase me leva a loucura.
Já me fez sérias ameaças
Já tentou invadir-me por outras portas
Já me apedrejou o telhado
Quis até me levar à sepultura.

Ela sentou-se à minha porta.
Eu a olho de soslaio
Eu a olho disfarçado, pela fresta,
Eu a olho por entre abril e junho
No 15... 22...
Nas belas manhãs de maio.

Hoje ela está bonita!
‘Ta vestida de festa
Camuflada de alegria
Fantasiou-se de “Margarita”.
Tem amarrado ao cabelo
Uma flor e um laço de fita...
Ela se vestiu de longo,
_ vermelho, verde e rosa _
Ela quer que eu reflita.

Ela ‘ta de chocalho no tornozelo
Tão tímido quanto as castanholas...
Deve ter nas mãos algum novelo
Onde o destino enrola e desenrola...

Eu a ignoro,
Mas me perturba as batidas e os silêncios dos seus gritos,
Por isso paro, fecho o livro,
Volto ao índice,
Escolho o título e reflito.
Leio o poema,
Ouço as vozes,
Outro silêncio,
Outro grito.

Mas hoje eu reflito de cabeça erguida.
Fixo meu olhar no infinito.
É no céu que brilham as estrelas
Estrelas é que se torna mito.

Eu vou abrir a porta,
Vou deixar que ela entre.
Vou imprimi-la numa página
E ver como ela se sente.
Afinal ela é minha
_ só minha _
É feia e triste,
Mas é fiel à minha mente.

É dor, é mágoa, é saudade...
É esperança, é tudo;
Além de tudo é amor...
Tem candura e sinceridade!

Então, que ela entre;
Entre com tudo que tem
Despeçamo-nos, juntos, do ano,
E abracemos o ano que vem.

Ela é a tristeza de ontem
É a tristeza de hoje também
Mas é a única tristeza amiga
Uma tristeza que só me faz bem.

Entre luzes de natal
E expectativas de reveillon
Vivamos euforia de carnaval
Sob o luto desta paixão;
Saudemo-nos com lembranças
Como brinde de ano-bom.
Ascenda-se coração!
Bebamos sol
Ceemos manhãs
Aguardemos ressurreição.

Afinal,
Eu sou o templo do tempo
Sem mim tempo algum não é ninguém!


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Simples assim

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