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quarta-feira, agosto 15, 2007

O verso de hoje _ Para a minha estrela do sul...

Por uma dor de ontem.
_ Versos à Márcia.

Ah! Essas rimas surdas
Às vezes sonoras
Às vezes sujas...
Outras tantas absurdas;
Quais teimam conjugar-se no infinitivo tempo
Casar mê com lhê
Em frase solta e impotente
Cujo clã é passado
E jamais será presente.

Prole conjugada ao vento
Na voz secular da plêiade boêmia,
Sobreviventes de tempos e tempos,
Canta dores eternas e eternos gozos
Dos gozos nossos, gozos mudos,
Gozos de noites e ventos
Qual nunca se teve e nunca teremos.

O gênero sempre muda
Menos a forma e a perfeição;
Contudo cantam nobres versos
Apenas dor, pobreza e solidão;
Vagueiam espectros
A ritmo de passos nômades
À pena de condor, ave forasteira,
Dispersos dos Andes.

Donde viemos não importa
Se de uma janela
Se de uma porta
O que importa é o tempo
A partida e a chegada
Ou vice-versa;
Não importa a estadia
A vida sempre corre depressa.
O que importa ao verso é a música
E a alma cuja voz o expressa.

4 comentários:

Em busca da sua *e*s*t*r*e*l*a* maior disse...

Não importa do que é o mundo
O importante, são os seus sonhos...
Não importa o que você é
O importante é o que você quer ser...
Não importa onde você está
O importante é para onde você quer ir...
Não importa o porquê
O importante é o querer ...
Não importa suas mágoas
O importante mesmo, são suas alegrias...
Não importa o que você já passou
O passado guarde na sua lembrança ...
Não veja; apenas olhe...
Não escute; apenas ouça...
Não toque; sinta...
O mundo é um espelho;
não seja apenas um reflexo
Só acreditando no futuro você conseguirá a paz
para alcançar seu sonhos...
Afinal, o que importa ?
Você importa ...

Em busca da sua *e*s*t*r*e*l*a* maior disse...

Quando as barreiras
se tornaram lembranças
E nossos corações se tornaram um só
O sol voltou a brilhar
e a noite passou a envolver
Com todo o encanto que pode mostrar
A lua presencia
palavras doces e carinhos
Fazendo nosso momento perfeito
Tornando especial
o sentimento mais puro,
que anda nem sabe a força que tem,
Se os olhos pudessem ver,
o que na alma se tornou real...
Esse amor estava escrito nas *e*s*t*r*e*l*a*s* e se faz vivo
Para curar as feridas de um coração,
Para provar que a vida,
começa a partir de agora
Completa e feliz...

Beijinhos heios de *e*s*t*r*e*l*i*n*h*a*s* neste coração >_<

Em busca da sua *e*s*t*r*e*l*a* maior disse...

NÃO ESPERE ACONTECER
ERA UMA VEZ UMA *E*S*T*R*E*L*A* QUE POSSUÍA UMA LARGA EXTENSÃO DE *E*S*T*R*E*L*A*S*.
HABITUADO A CAMINHAR PELO SEU REINO, CERTA OCASIÃO O SOBERANO IRRITOU-SE COM A ASPEREZA DO SOLO QUE LHE FERIA OS PÉS.
DETERMINOU QUE TODAS AS ESTRADAS E TODOS OS CAMINHOS FOSSEM COBERTOS POR MACIOS E BELOS TAPETES.
TODOS OS SÚDITOS SE EMPENHARAM EM REALIZAR A LOUCA E DIFÍCIL TAREFA IMPOSTA PELO MONARCA.
PASSARAM-SE ALGUNS ANOS SEM QUE O TRABALHO PUDESSE SER CONCLUÍDO.
UM DIA, O EXIGENTE SOBERANO, TOMADO POR UMA FEBRE VIOLENTA, ACABOU MORRENDO SEM VER SEU DESEJO REALIZAR-SE.
UM VELHO SÁBIO, AO TOMAR CONHECIMENTO DAQUELA ESTRANHA HISTÓRIA, COMENTOU: "POBRE REI!
MORREU SEM CONCRETIZAR SEU SONHO E SEM SABER O QUÃO FÁCIL ISSO PODERIA TER SIDO!"
ANTE A SURPRESA E A DISCORDÂNCIA MANIFESTADA POR AQUELES QUE O OUVIAM, ESCLARECEU: "SE O REI NÃO QUERIA FERIR-SE COM A ASPEREZA DOS SOLOS, BASTARIA QUE CORTASSE DOIS PEDACINHOS DE TAPETE E OS COLASSE NA SOLA DE SEUS PRÓPRIOS PÉS. SE ASSIM TIVESSE AGIDO, PARA ELE, TODO O SEU REINO SERIA ACARPETADO.
CRÍTICOS SAGAZES, SOMOS HÁBEIS EM TECER COMENTÁRIOS CRUÉIS A RESPEITO DE PESSOAS E DE SITUAÇÕES.
SOMOS ÁGEIS EM RELACIONAR O QUE NÃO NOS AGRADA-NOS MAIS DIVERSOS LUGARES E AMBIENTES.
TEMOS OLHOS DE ÁGUIA PARA CRITICAR E CONDENAR.
ESTABELECEMOS LISTAS INFINDÁVEIS DE COISAS A SEREM MELHORADAS E CORRIGIDAS PELOS OUTROS. TEMOS A CONVICÇÃO DE QUE "SE NÃO FOSSE PELOS ERROS DOS OUTROS O MUNDO PODERIA SER MUITO MELHOR."
AGIMOS COMO SE FÔSSEMOS MEROS ESPECTADORES E COMO SE NÃO NOS COUBESSE QUALQUER RESPONSABILIDADE PERANTE A VIDA.
ESPERAMOS QUE AS COISAS SE RESOLVESSEM POR SI SÓ, OU AINDA, QUE AS OUTRAS PESSOAS FAÇAM ALGO POR NÓS.
QUEREMOS UM MUNDO ONDE AS ESTRADAS SEJAM ACARPETADAS PARA GARANTIR MACIEZ AOS NOSSOS PÉS.
MAS, ESPERAMOS QUE OS OUTROS COBRISSEM NOSSOS CAMINHOS COM BELOS E RICOS TAPETES.
DELEGAMOS AO RESTO DA HUMANIDADE A RESPONSABILIDADE POR TODA A NOSSA DESDITA E PELA NOSSA VENTURA.
EM VIRTUDE DISSO, VEMO-NOS DESTINADOS A RECLAMAR INFINITAMENTE PELA NÃO REALIZAÇÃO DE NOSSOS SONHOS.
SONHOS ESSES QUE TERIAM GRANDES CHANCES DE SE CONCRETIZAR SE NOS DISPUSÉSSEMOS A FAZER A PARTE QUE NOS CABE.
NÃO AGUARDEMOS PELA INICIATIVA DOS QUE NOS CERCAM NA REALIZAÇÃO DO QUE A TODOS COMPETE EFETUAR.
QUEM CRUZA OS BRAÇOS EM FUNÇÃO DA INÉRCIA ALHEIA, CONFUNDE-SE NA MULTIDÃO DOS QUE NADA FAZEM.
RESPONSABILIZAR OS OUTROS NÃO PRODUZ NADA DE ÚTIL.
APONTAR EQUÍVOCOS ALHEIOS NÃO NOS AUTORIZA A IGNORAR OS NOSSOS PRÓPRIOS.
SER CAPAZ DE RECLAMAR NÃO NOS APRIMORA, NEM GARANTE A CORREÇÃO DAS FALHAS QUE APURAMOS.
ABANDONEMOS A ACOMODAÇÃO QUE HÁ TANTO NOS ACOMPANHA E LIVREMO-NOS DAS GARRAS DA PREGUIÇA QUE NOS ALICIA.
TENHAMOS DISPOSIÇÃO PARA FAZER O QUE NOSSO CONHECIMENTO E NOSSA CAPACIDADE NOS PERMITEM.
POUCO A POUCO, A GOTA CORROMPE A PEDRA.

O RAIO DAS *E*S*T*R*E*L*A*S* VENCE A ESCURIDÃO.
O VENTO MOVE A MONTANHA E ESCULPE AS ROCHAS.
DEMONSTRA A NATUREZA QUE CADA QUAL DETÉM A POSSIBILIDADE DE ALTERAR O QUE PARECE IMUTÁVEL.
CADA UM, SINGELA E CONSTANTEMENTE AGINDO, PODE MARCAR A FACE DA HISTÓRIA E TRANSFORMAR O RUMO DA VIDA.
ATOS SIMPLES QUE NÃO EXIGIRÃO HEROÍSMO, NEM BRAVURA, DE NENHUM DE NÓS.
ATOS COTIDIANOS E APARENTEMENTE BANAIS, MAS QUE, EM VERDADE, INTEGRAM A MISSÃO INDIVIDUAL DE CADA UM PERANTE DEUS.

*****************B*E*I*J*O*S* *C*H*E*I*O* *D*E* *E*S*T*R*E*L*I*N*H*A*S**************

Em busca da sua *e*s*t*r*e*l*a* maior disse...

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Platero E Mim (platero Et Moi)
(Juan Ramón Jiménez)

Platero lá é um livro curto? ou antes? uma curta história de amor. Um amor para com um burro, companheiro inseparável de penalidades e alegrias, mas também um amor para com a natureza que nos oferece pela sua diversidade muitas belezas, cores divinas da aurora à presença ineffable de qualquer o que cerca-nos. Metade prosa, metade poesia, narrateur canta para o seu burro companheiro mas não somente, canta também para a colina, o Outono, o ramo esquecido, o caminho, o velho lugar, a casa oposto, os Reis Mages, o vinho, a morte, a nostalgia? a vida toda é tocada pela magia da poesia? e estoira em mil cores frente os nossos olhos surpreendidos. É um livro de cores. Um canto à amizade. Muito bonita colecção de imagens da vida diária e de profundas reflexões a respeito da existência humana. Nas primeiras páginas, o autor descreve-nos o seu suave companheiro de viagem, seguidamente toma-nos -nos a mão e passeia os jogos de infância, os rebaixos introuvables das pequenas aldeias anteriormente, a pobreza, a miséria, a dor e na ternura, o sorriso, admiração das crianças que abrem os olhos à vida, sem estar a esquecer a doença, a morte e a eternidade. Platero é a encarnação do amigo, o animal de companhia, do companheiro de viagem, este fio que une-nos às lembranças da infância, a percepção deo que é visível apenas com o coração. Em qualquer edição, trata-se de um livro delicioso mas está-o sobretudo língua espanhola que nos propõe a ortografia caprichosa (que não é tanto mais lógica para) poète. É uma pequena jóia da literatura espanhola, Platero e é um livro para crianças que aos jovens e menos jovens lêem com o mesmo prazer para nunca esquecer-o?

Beijos

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