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sexta-feira, janeiro 08, 2016

No oito às 14:00_retrato





À hora do almoço cessa a aflição.
Esqueço planilhas, segurança e compromissos.
É tempo de descanso.

A vaidade alimenta o orgulho e o contentamento oculta o nervosismo; assim se equilibra o homem vivido.

Às vezes as emoções se revezam.
O homem que anda tem os pés no chão, mas sua alma flutua.

Todos os olhares perseguem a beleza, ele atravessa, passo a passo, lado a lado com o encanto.

O que posso eu querer mais além de salada, arroz e feijão?
A inveja passa voando, da meia volta e paira sobre mim, mas é ruim de mira.
Outro pássaro gigante me assusta, mas não é ave de rapina.
Predadores rondam, miram, espiam.

O brilho da estrela ofusca a juventude e o sol escaldante desafia-lhes a fantasias.
_ Atravessemos a rua.
_ Vamos.

A mesa é farta.
Tem molho pra todo gosto
E legume combina com tudo.
Preferimos peixe, purê e maionese.
Dispensamos sobremesa.

Quisera ser cavalheiro, segurar a cadeira, provar e aprovar um bom vinho... quem sabe um dia.
Flores sempre hão de existir, um beijo na mão, uma música, uma poesia...
Quem sabe um dia.

“É duro não saber em qual ponto a gente se encontra no tempo.”, pensei, mirando aqueles olhos.
Metáforas
“Morrer de sede em frente ao mar...” _ Djavan.
“Será que é feliz? Qual será o seu maior sonho?”
Se eu pudesse ler sua mente e penetrar seu coração...

Cotovelos na mesa
Inquieta.
O olhar busca uma lembrança.

E disfarço minha desilusão e sufoco meu desespero.
Então a interroguei, passado e futuro.
Mas o que eu queria mesmo era o presente.
O presente e seu olhar
O presente e seus lábios, seu abraço, pra sempre tão boa companhia.

Cotovelos na mesa
O olhar busca uma lembrança.
Este é o momento, pensei, eu te amo! Eu te amo! Eu te amo!...

E antes das 15:00:...
A conta
Chiclete
Afazeres.

No fim do dia agradecimentos.
E por ser sexta já sinto saudades.



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